quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A lógica do robô é inegável


Eu, robô (2004)
Diretor: Alex Proyas
Elenco: Will Smith, Bridget Monayhan

Da ótima e recente tríade de ficções que falam sobre o dilema da humanização de robôs, “Eu, robô” se difere de “O homem bicentenário” e “Inteligência artificial” por mostrar o lado negro da criação de máquinas com livre arbítrio e sentimentos. Isaac Asimov, o pai da robótica, institui as três leis básicas que os robôs devem respeitar: Não ferir seres humanos, Sempre obedecer ao seres humanos sem quebrar a primeira regra, Sempre se proteger, sem quebrar a primeira e a segunda regra. O próprio filme é a adaptação do livro homônimo de Asimov, bem como “O homem bicentenário”. Com efeitos especiais belíssimos e cenas estonteantes de pura ação, “Eu, Robô” é um ótimo filme de ficção científica adaptado de livro e tem uma das poucas atuações interessantes de Will Smith, que infelizmente parece que vai se perdendo no meio de tantas aventuras pelo drama e pelo romance. A vilã da história também é uma ótima personificação da criação que se rebela contra o criador, VIKI é uma grande vilã e incrivelmente fica par a par com o terrível HAL 9000, de “Odisséia no espaço”.


Detetive Spooner é um policial de Chicago, ano 2035, que diferentemente do resto da população, não se dá bem com os robôs que vivem agora em meio aos humanos. Investigando o suposto suicídio do dr. Miles, encontra um robô muito diferente, Sonny, que parece ser não só capaz de desrespeitar as 3 grandes leis como também tem sentimentos e sonhos. Caso sua culpa seja provada, o império dos robôs entra em colapso, pois todo o mundo entraria em choque com seres capazes de dominá-los. Os esforços do dono da maior empresa de robótica para silenciar o caso e o próprio detetive também são suspeitos, fazendo com que Spooner siga uma longa investigação e luta contra a sociedade subjugada pelas máquinas para solucionar este caso. Filme muito interessante e com apelo filosófico, nos faz pensar que não só estamos perdendo parte de nossa própria humanidade, como também as máquinas estão ganhando o que nos falta. Só peca pelo ano em que acontece, os fatos me parecem muito mais aplicáveis em 2135 do que em 2035.

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